sexta-feira, 12 de junho de 2020

O Negão da Roça


Era uma vez aconteceu um causo com meu primo e ele tem 17 anos e esta história aconteceu cerca de duas semanas atrás. Quando ele vinha da roça, ele viu um homem preto meio alto passando na frente dele. Foi um grande susto, tanto que ele começou a correr desesperadamente, mas aquele bicho preto começou a assustá-lo, e olha que meu primo é um homem corajoso, mas até mesmo ele já estava ficando com muito medo. Ele correu tanto que já não estava mais dando conta de correr. Já estava até escurecendo e nada dele conseguir chegar em casa. Os irmãos dele, já preocupados, começaram a ir atrás dele, procuraram até achar meu primo e trazê-lo para casa. Meu primo ficou tão abalado que nem conseguiu dormir.

Marcelo Monteiro Correia, 12 anos, 6º ano, 27 de novembro de 2019. Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Cidade.

O Lamento da Castanheira


Este causo aconteceu com a minha mãe e a minha tia há dez anos.

Numa manhã de domingo, as duas saíram para passear na casa da tia do meu pai, que fica no final do rio Juruapara, l
á no sítio São Francisco, elas já chegaram depois das 11h. Almoçaram e bateram papo o resto da tarde.
Quando deu 4h da tarde, elas se despediram da tia e vieram de caminho, foi justamente aí no meio do caminho, enquanto passavam nas redondezas das castanheiras do Senhor Duca Matos, e admirando a magnitude e beleza daquelas gigantescas árvores e da natureza, foi que um assobio interrompeu a admiração das duas. Seguido deste assobio, um gemido ecoou por trás de uma castanheira.
Foi o suficiente para as duas debandarem em carreira até a beira do rio. Elas ficaram apavoradas com aquele gemido, e o próprio assobio ecoou muito estranho. Não era algo bom e belo, era terrível e assombroso. Depois deste dia, minha mãe nunca mais passou naquele local.

Sandra de Oliveira Monteiro, 22 anos, 9º ano, 27 de novembro de 2019. Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Cidade.

A Cobra Grande do Rio Aramaquiri


Era uma vez, minha mãe me contou que minha avó foi de manhã lá para a fábrica daqui do rio Aramaquiri, quando vinha sozinha no rio, era já meio dia e ela estava de casco. Quando já estava próxima da casa do Kito, minha avó viu um rebujo no meio do rio. O nervosismo tomou conta de seu coração, e ela começou a gritar, ela realmente estava muito nervosa, mas seguiu em frente... O rebujo não cessou nem quando ela passou por ele. Só que apareceu uma cobra grande debaixo do casco e chupou a pequena canoa, quando ela já ia para o fundo, ela jogou o remo na boca da cobra para o bicho poder largar o casco. E assim aconteceu. Logo que a cobra largou o casco, minha avó remou desesperadamente para casa, onde já chegou ardendo em febre e dor de cabeça, além de muito nervosa e chorando por causa deste terrível experiência.



Raimundo Borges Gonçalves Júnior, 18 anos, 9º ano, 26 de novembro de 2019. Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Cidade.

Gritos de Socorro

Este causo aconteceu com meu pai quando eu era criança, quando eu tinha 6 anos de idade, meu pai estava para o mato porque foi lavrar estaca.  Ele estava sozinho, num momento, enquanto se abaixava para realizar um dos serviços, ouviu um grito que dizia “– Tio!”. Meu pai se levantou para ver quem o chamava. Mas não viu nada.  Não tendo mais o que fazer a respeito, ele voltou a trabalhar. Pegou novamente seu machado e se abaixou para cortar a madeira. Foi então que a voz misteriosa ecoou novamente em torno dele: “–Tio! Socorro!”. Novamente meu pai se levantou num sobressalto, mas nada viu novamente. Só que agora ele sentiu um calafrio tomando conta de seu corpo. Foi então que ele veio embora pra casa.
Quando meu pai voltou para casa, ele contou para minha mãe o que tinha acontecido. Minha mãe, sabedora das coisas como é, logo percebeu que se tratava de Suziane, que morrera afogada um tempo antes.



Miliana Tenório de Souza, 14 anos, 8º ano, 26 de novembro de 2019. Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Cidade.

domingo, 26 de janeiro de 2020

O Grito

Este causo aconteceu com meu avô dois anos atrás. Ele foi caçar só na companhia do cachorro dele. A certa altura, ele parou na beira de um poço d’água para matar a sede, enquanto bebia um pouco de água, ele ouviu um grito muito forte. Na hora, ele pensou que fosse um de seus filhos que estaria procurando-o, porém, sem nem perceber, não era nada disso. Meu avô se levantou, espiou, e nada. Ele já ia voltando pelo caminho para vir embora pra casa dele, ouviu um vento muito forte e incomum mesmo dentro da mata. O que o deixou bastante assustado.

Edenilda Ferreira de Brito, 16 anos, 7º ano, 26 de novembro de 2019. Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Cidade.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

A Cobra do Rio Cuiapí

A minha avó conta que existia uma cobra muito, mais muito grande que só aparecia ao meio dia, num dos afluentes do rio Canaticú, o rio Cuiapí. Ela ficava boiando sobre a água, tanto que teve uma vez, minha vó me contou, que um homem foi para o trabalho, e na volta, justamente ao meio dia, no seu casco, ele viu uma mancha escura na água, que parecia vir do fundo do rio, foi então que ele notou em torno do seu casco várias folhas boiando, todas brotando do fundo da água, desesperado, ele começou a remar e a remar e a remar. Só teve um problema, ele simplesmente não saia do lugar. O medo tomou conta de seu coração, e o homem tinha certeza de que tinha chegado ao seu fim. Mas neste momento, como se tivesse sido enviado por um anjo, um outro homem apareceu passando em uma rabeta, foi então que ele acenou e gritou desesperado por ajuda, o transeunte parou a rabeta, embarcou o homem desesperado, e seguiu viagem. Somente assim ambos conseguiram sair daquele local assombrado pela cobra, deixando o casco para trás. E este é o final de mais um desses episódios inexplicáveis de Curralinho e do Marajó.



Paulo Henrique Miranda de Oliveira, 15 anos, 8º ano, 26 de novembro de 2019. Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Cidade.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

A Luta das Cobras Grandes do Rio Canaticú


Tudo aconteceu no ano de 2016, um homem chamado Bartião, ele era comprador de açaí, e em uma de suas viagens da Sarafina para Curralinho onde estava levando esse tesouro daqui da comunidade para vender lá na cidade. Aí, quando atravessava um local chamado Exporsão, que é uma área com poços profundos no rio, avistou duas cobras brigando. Porém, não eram cobras comuns, elas possuíam um tamanho descomunal, não lhe restou nenhuma dúvida de que se tratavam de duas Cobras Grandes.

Bartião ficou na dúvida se parava ou se voltava ou se ele se arriscava a seguir adiante em sua viagem para a cidade. Foi então que decidiu seguir em frente, mas pela beira do rio, que seria a parte mais rasa, na qual as cobras talvez não se dessem ao trabalho de atacá-lo. Ele acelerou tudo o que podia no motor da embarcação, e passou o mais rápido possível daquela batalha monstruosa entre aquelas duas bestas gigantes que habitam o rio Canaticu.

Ele nunca mais viu nenhuma daquelas criaturas.

Dionísia de Souza dos Santos, 15 anos, 9° ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pimental Anexo (Sarafina). Em

21 de agosto de 2019.